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sábado, 26 de junho de 2010

HISTÓRIA DO FUTEBOL

HISTÓRIA DO FUTEBOL


1. O QUE É FUTEBOL
O futebol (em inglês association football ou soccer) é o esporte coletivo mais praticado no mundo. É disputado num campo retangular por duas equipes, de onze futebolistas em cada lado, que têm como objetivo colocar a bola dentro das balizas adversárias, o que é chamado de gol (Brasil)

2. COMO É O FUTEBOL
O futebol,[1] (do inglês association football ou simplesmente football) é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições.[2] É jogado num campo retangular gramado, com um gol em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro do gol adversário, ação que se denomina golo (português europeu) ou gol (português brasileiro). A equipe que marca mais golos ao término da partida é a vencedora.[3]
O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.[4]

3. ORIGEM DO FUTEBOL
Origem do futebol
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.
O inglês Charles Miller : pai do futebol no Brasil
História do Futebol : origens
Origens do futebol na China Antiga
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão Antigo
No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e Roma
Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.
O futebol na Idade Média
Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval.
O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário.
No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.
Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.
No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França como vice.A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.
Bola de futebol : final do século XIX
História do Futebol no Brasil
Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888.
No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.
Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil.


4. DE ONDE VEIO O FUTEBOL
O futebol, como esporte moderno, foi criado na Inglaterra do século XIX. Entretanto, muitas pesquisas mostram que o jogo de bola, tanto praticado com os pés como com as mãos é praticado bem anteriormente ao século XIX. Alguns estudiosos dizem que a origem deste esporte está na China, há muitos séculos atrás. Dizem que um "esporte" muito parecido com o futebol era praticado por soldados do Imperador Xeng Ti 25 séculos A.C.. A bola era de pele de animal recheada com ferragens . Colocamos o termo esporte entre aspas pois, como sabemos tal palavra só pode ser empregada após o século XIX, e as atividades físicas do período anterior ao contemporâneo podiam ser consideradas mais como rituais religiosos ou como preparação militar do que esporte.

Muitos pesquisadores dizem também que o futebol tem origem em um "esporte" praticado na Itália medieval. "Esporte" aliás, que existe até hoje e é praticado anualmente na cidade de Florença. Estamos falando do Calcio. Tal esporte consiste de um jogo entre duas equipes que, em um campo de terra têm que atravessar uma bola até uma área ao final do campo adversário. O jogo pode ser caracterizado como muito violento, pois os ataques físicos entre os jogadores dos dois times são constantes e permitidos. Os italianos acreditam que a origem do futebol está no Calcio, tanto que, na Itália, o futebol como conhecemos é chamado de Gioco Calcio. Assim como o Calcio, na Inglaterra, um jogo era praticado desde mais ou menos o ano de 1300: o Hurling. Tal jogo tinha características muito parecidas com o Calcio, e era também muito violento.

O Calcio tem características muito parecidas com um esporte que surge na Inglaterra ao mesmo tempo que o futebol: o Rugby. Aliás, podemos dizer que o futebol e o rugby tem uma raiz comum, pois são muito parecidos, e que se dividiram na metade do século XIX na Inglaterra, devido a dissidências na questões das regras entre os participantes. Enquanto o Rugby pode ser jogado com as mão e com os pés, o Football — como o próprio nome diz— só pode ser jogado com os pés, sendo apenas o Keeper que pode pegar a bola com as mãos.

Entretanto, podemos dizer que desde os mais remotos tempos o homem e a sua sociedade sempre praticaram jogos, ou para se divertirem entre a comunidade, ou como ritual religioso. Tais praticas são aspectos das mais variadas culturas ao redor de todo o mundo. Podemos dizer então que o Futebol nasceu daí. Porém esses jogos não tinham um nome definido e variavam de regiões e regiões da Inglaterra, da Europa e do Mundo. Podemos dizer que, na Inglaterra, berço do Futebol moderno, esses jogos eram praticados pelas camadas populares, que vinham praticando essas atividades culturais há várias gerações. Talvez elas não fossem igual ao Futebol, ao Rugby, mas tinham um objetivo cultural de diversão e ligamento entre os membros da comunidade. Como sabemos, a aristocracia não praticava tais jogos, pois provavelmente os achavam como atos de barbárie, praticados por pessoas sem cultura, além de serem muito violentos. A aristocracia preferia praticar outros jogos, como a equitação, a caça e a esgrima. Esses jogos eram chamados, na Inglaterra do século XVIII e XIX de esportes, e os esportes que conhecemos hoje( ou algo parecido com eles) eram chamados de passatempo .

Esses jogos populares, no século XIX, começaram a ser praticados, em seus horários livres, pelos alunos das escolas da aristocracia e da alta burguesia inglesa. O colégio de Rugby talvez seja a mais famosa dessas escolas, pois dele saíram as regras do Rugby. O Rugby e o Football eram praticados pelos alunos deste colégio, fazendo com que os diretores dos colégios proibissem a prática dessas atividades, devido ao fato delas serem populares, violentas e "bárbaras". De nada adiantou tal proibição, pois os alunos continuavam praticando esses esportes. Como a repressão a esses jogos não deu muito certo, as questões tiveram que ser resolvidas de outra forma. Já que não parariam de ser praticadas a melhor maneira era de que tais jogos fossem regulamentados. Daí começaram a surgir as regras nesses jogos, criando-se assim as regras do Football e do Rugby, além de outros jogos.

Porém, tais jogos haviam sido regulamentados apenas nas escolas da elite inglesa. Era preciso regulamentar esses jogos também entre as classes mais "baixas" da sociedade inglesa. O início do século XIX foi o período do ápice da primeira Revolução Industrial na Inglaterra. A classe operária já estava praticamente consolidada e já começava a ter a sua consciência de classe. A classe operária inglesa também praticava esses jogos, principalmente nos horários livres que foram conquistando no processo de conscientização de classe e do movimento operário sindical. Porém, como sabemos, tais jogos eram muito violentos e não tinham regras algumas as vezes. Tal violência do esporte fazia com que a produção do operariado caísse, devido a lesões e cansaços, prejudicando assim o lucro dos grandes patrões da burguesia industrial. Era preciso, assim como foi feito nas escolas, regulamentar esses jogos, para torná-los menos violentos e trazê-los para dentro da esfera do controle do Estado. Tal regulamentação do Football foi expandida, com a ajuda do Estado, para toda a sociedade inglesa. A classe burguesa industrial triunfou, e suas regulamentações esportivas se massificaram, tornado o futebol em um esporte de massa. Além disso, " os burgueses descobriram o futebol como meio de despolitização dos trabalhadores na década de 1860.(...) O objetivo era bem claro. Eles precisavam manter os operários à margem da atividade política dentro de suas organizações de classe" . Podemos perceber que a regulamentação das regras do Futebol, e outros jogos, veio em um momento histórico onde o operariado começa a reivindicar os seus direitos e começavam a se tornar uma classe política. Nada melhor para a burguesia industrial do que controlar, a partir da criação de regras, um jogo em que a maioria proletária praticava.

Princípios do futebol na Inglaterra, séc. XIX Enfim, em 1863 foi fundada na Inglaterra a Football Association, fazendo com que se criasse regras para a prática do jogo entre as equipes. Formavam-se assim tabelas, datas dos jogos, ou seja, controlava-se a prática. Os times eram formados pelas fábricas espalhadas pelas diversas cidades do país. Os jogadores destes times eram os próprios funcionários destas fábricas, que disputavam jogos, geralmente nos sábados a tarde (tradição existente até hoje no Campeonato Inglês de Futebol) no dia em que tinham folgas. Muitas pessoas iam assistir esses jogos.

Geralmente eram também operários das fábricas as quais os times representavam, e também a família e a comunidade desses jogadores. É nesse período que começam a surgir as grandes rivalidades entre os diferentes times das cidades da Grã Bretanha. É nesse momento que surgem as disputas entre o Manchester City e o Manchester United, o Glasgow Celtic e o Glasgow Rangers, e o Arsenal, o Chelsea e o Cristal Palace em Londres . Como podemos perceber, inicia-se neste momento a identificação por parte da população pelos clubes de futebol, seja por razões comunitárias, culturais e até mesmo religiosas. Tal massificação do futebol fez com que o historiador inglês Eric Hobsbawn chamasse o jogo de futebol como "a religião leiga da classe operária".

Uma questão muito interessante a ser discutida é de que como o futebol conseguiu tanto sucesso entre as massas, e até mesmo entre todas as classes? Qual o motivo de toda essa paixão pelo esporte surgida na Segunda metade do século XIX? Talvez o historiador Nicolau Sevcenko possa nos responder essa pergunta.

"Assim, num curtíssimo espaço de tempo, o futebol conquistou por completo toda a população trabalhadora inglesa e, em breve, conquistaria a do mundo inteiro. Como entender esse frenesi, esse poder irresistível de sedução, essa difusão epidêmica inelutável? Como vimos, parte da explicação está nas cidades, parte no próprio futebol. A extraordinária expansão das cidades se deu, como vimos, a partir da Revolução Científico-Tecnológica, pela multiplicação acelerada da massa trabalhadora que para elas acorreu em sucessivas e gigantescas ondas migratórias. Nas metrópoles assim surgidas, ninguém tinha raízes ou tradições, todos vinham de diferentes partes do território nacional ou do mundo. Na sua busca de novos traços de identidade e de solidariedade coletiva, de novas bases emocionais de coesão que substituíssem as comunidades e os laços de parentesco que cada um deixou ao emigrar, essas pessoas se vêem atraídas, dragadas para a paixão futebolística que imana estranhos, os faz comungarem ideais, objetivos e sonhos, consolida gigantescas famílias vestindo as mesmas cores."

Como vemos, o futebol se tornou uma forma de identificação para as massas trabalhadoras das grandes cidades inglesas. Os times se tornaram muito mais do que times, se tornaram um objeto em que as pessoas encontravam o seu igual, encontravam seus objetivos e sonhos, tão arraigados pelo trabalho árduo nas fábricas durante a semana. O futebol faz com que todos saiam ganhando. Tanto as grandes massas, que encontram nele certa identidade, quanto pela burguesia, que o utiliza para regulamentar a sociedade e a massa proletária.

O século XIX pode ser considerado o século do imperialismo inglês pelo mundo. Assim como o comércio inglês se expandiu pelo mundo, os seus aspectos culturais também. E com o futebol não foi diferente.


5. PRINCIPAIS DESTAQUES DO FUTEBOL BRASILEIRO


6. COPAS DO MUNDO
Copa de 1930 – Uruguai Seleção do Uruguai de 1930, campeã da Primeira Copa do Mundo de Futebol
Copa de 1950 – Brasil Seleção do Uruguai que tornou-se bi-campeã em 1950
Copa de 1970 – México Seleção brasileira de 1970 que conquistou o tri-campeonato
Copa de 1982 – Espanha Seleção italiana: campeã da Copa de 1982
Copa de 1986 – México Seleção argentina: campeã da Copa de 1986
Copa de 1990 – Itália Copa do Mundo de 1990: Alemanha Ocidental Campeã
Copa de 1994 - Estados Unidos Copa do Mundo de 1994: Brasil tetra-campeão
Copa de 1998 – França Copa do Mundo de 1998: primeiro título da França
Copa de 2002 - Japão e Coreia do Sul Brasil: penta-campeão em 2002
Copa de 2006 – Alemanha Itália Campeã da Copa do Mundo de Futebol 2006
Copa do Mundo de 2014 O Brasil foi escolhido pela FIFA para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014. A escolha foi divulgada no dia 31 de maio de 2009 e gerou muita alegria e comemoração popular no Brasil. Como será sede da Copa, a seleção brasileira já está automaticamente classificada para disputar a Copa de 2014.
Os jogos da Copa de 2014 ocorrerão entre os dias 13 de junho (jogo de abertura) e 13 de julho (partida final).


7. DESENVOLVIMENTO
O futebol no Brasil começou como algo apenas praticado pela elite. Diz-se que a primeira bola de futebol do Brasil foi trazida em 1894 pelo paulista Charles Miller. A aristocracia dominava ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. Inicialmente, apenas brancos podiam jogar futebol no Brasil como profissionais, dado o fato da maioria dos primeiros clubes terem sido fundados por estrangeiros. Em jogo contra o seu ex-clube, o América, o mulato Carlos Alberto no Campeonato Carioca de 1914, por conta própria, chegou a cobrir-se com pó-de-arroz para que ele parecesse branco, mas com o decorrer da partida, o suor cobria a maquiagem de pó-de-arroz e a farsa foi desfeita . A torcida do América, que o conhecia pois ele tinha sido um dos jogadores que sairam do clube na cisão interna de 1914, tendo sido campeão carioca em 1913, começou a persegui-lo e a gritar "pó-de-arroz", apelido que foi absorvido pela torcida do Fluminense,que passou a jogar pó-de-arroz e talco à entrada de seu time em campo.
Na década de 20, os negros começaram a ser aceitos em outros clubes, e o Vasco foi o primeiro dos clubes grandes a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres.
Durante os governos de Vargas (principalmente) foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo, foram na Era Vargas. A vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, pelo mulato Garrincha e pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.



8. EXPRESSÕES DO FUTEBOL
360: quando o jogador toca na bola com a perna direita, impulsionando-a para trás, realiza um giro de 180 e toca na bola com a perna esquerda, e depois está novamente com ela na perna direita, realizando assim uma volta de 360º em torno do próprio eixo.
Amarelar: ficar com medo diante do adversário e, conseqüentemente, jogar mal.
Aperitivo: apelido carinhoso para a partida preliminar
Arranca toco: jogador de pouca habilidade
Arqueiro: goleiro
Arquibaldo: torcedor que fica na arquibancada
Artilheiro: jogador que faz o maior número de gols (do campeonato, da equipe...)
Baba: o mesmo que pelada
Bailarino: jogador que faz muita firula
Baile (dar um): o mesmo que balé
Balão: a bola
Balão (balãozinho): lance de habilidade em que o jogador lança a bola em trajetória curva, bem acentuada, sobre o adversário e, deslocando-se rapidamente, volta a dominá-la adiante no chão.
Balé (dar um): driblar o adversário muitas vezes seguidas, causando a sensação que ele está dançando.
Bandeirinha (bandeira): árbitro auxiliar
Banheira: quando o jogador está completamente impedido; jogador que sempre fica nesta condição; quando o jogador mantém-se permanentemente em condições de receber a bola para fazer o gol, apesar das tentativas dos adversários em colocá-lo em impedimento. Romário teve a maioria dos seus quase mil gols por ser um jogador com esta característica.
Banho de cuia: o mesmo que chapéu e lençol
Barrigada: quando a bola é impulsionada com a barriga
Bate-pronto: quando o jogador recebe a bola e bate imediatamente para o gol, sem ajeitá-la.
Beque da roça: zagueiro que fica parado e dá um chutão
Bicanca: chute dado com o bico do pé
Bicicleta: quando o jogador fica em posição horizontal e acerta na bola com os dois pés suspensos, de costas para o chão. Este tipo de chute foi criado por Leônidas da Silva, o Diamante Negro, em jogo no Pacaembu.
Bichado: jogador que tem uma contusão ou moléstia crônica.
Bicho: premiação que os jogadores recebem por jogo ganho
Bico (chute de / dar de / dar / meter de): chute dado com a ponta do pé
Bicuda: chute dado com muita força
Boleiro: jogador de futebol amador
Bomba: chute desferido com muita força
Cabeçada: quando a bola é impulsionada com a cabeça
Cabeça-de-bagre: jogador muito ruim e de pouca inteligência
Cada enxadada é uma minhoca: expressão utilizada quando jogador (ou a equipe) está fazendo muitas faltas durante o jogo; jogo violento.
Cai-cai: jogador que simula contusão
Cama-de-gato: falta cometida durante a disputa da bola, na qual o jogador simula saltar e, com o corpo, desequilibra o adversário pelas costas
Cancha: campo. Expressão popularizada pelo jornalista Luís Mendes.
Caneco: troféu, taça
Canelada: quando a bola é impulsionada com a canela
Caneleira: proteção utilizada pelos jogadores para proteger as canelas
Caneta(s): perna(s)
Canhão: chute desferido com muita força
Capotão: a bola
Carne assada: apelido carinhoso para jogo amistoso
Carniceiro: jogador desleal, maldoso
Carrasco: jogador que marca o gol da vitória nos últimos minutos de um jogo decisivo
Carrinho: quando um jogador vem na corrida e procura alcançar a bola (ou as canelas do adversário), atirando-se sentado, procurando deslizar na grama, com os pés levantados.
Cartola: dirigente de clube
Catimba (catimbar): deixar o jogo lento fazendo cera
Cavalo: jogador violento
Cavalo paraguaio: clubes (geralmente sem tradição) que disparam na tabela no início da competição, depois não conseguem manter o ritmo e acabam na classificação intermediária.
CBD: jogador que sempre fica na reserva. Como nunca joga, é o Come, Bebe e Dorme.
Ceguinha(s): perna(s)
Cera (fazer): deixar o jogo lento inventando pretextos (reclamar do juiz, demorar tempo demasiado na cobrança de faltas, cair no chão simulando dores etc.).
Chaleira: quando o jogador, para debochar do adversário, trança as pernas, acertando na bola de pé trocado.
Chambão: modo violento de deslocar o adversário usando principalmente o tronco ou só os ombros.
Chapeuzinho: quando o jogador toca a bola por cima do adversário, e pega do outro lado; o mesmo que lençol.
Chavecar: fazer pouco do adversário
Chocolate (ganhar de / dar um): ganhar a partida com uma grande diferença de gols no placar
Chutar à meia-altura: chute dado quando a bola está na altura da cintura do jogador
Chutar na gaveta: quando a bola é chutada em um dos ângulos superiores da trave
Chutar no ângulo: o mesmo que chutar na gaveta
Chutar para o mato: chute forte, para qualquer lugar, dado pelo beque para afastar a bola de perto do gol.
Chutar rasteiro: chutar com a bola rente ao chão
Chute Belfort: quando o jogador salta, para acertar com os pés uma bola que vem à meia altura. Belfort Duarte foi o primeiro jogador que deu tal chute.
Chuveirar na área: cruzar a bola da lateral para dentro da área, pelo alto
Chuveirinho: o mesmo que chuveirar na área
Contrapé: algo que não se espera, pisada em falso, passagem inesperada.
Cozinha: campo de defesa
Cozinhar: retardar deliberadamente o jogo, embromar
Craque: jogador excepcionalmente talentoso e competente
Criança: a bola
Dar efeito: chutar de forma que a bola faça uma trajetória em curva
Dar o bote: quando o defensor pressiona o atacante. Relacionada à ação de uma cobra para capturar sua presa.
Dar o sangue: esforçar-se até os limites
Dar um olé: quando o time permanece durante muito com a posse de bola, trocando passes e humilhando o adversário.
Dar uma tijolada: dar um chute forte
Dar um tijolo: fazer um passe ruim
Debaixo das canetas: quando o jogador joga a bola entre as pernas do adversário
Dedão: chute dado com muita força
Dérbi: jogo entre dois clubes da mesma cidade ou região; por extensão, entre entre dois clubes muito importantes.
De trivela (chute / ou dar): chute dado com efeito, com o lado externo ou interno do pé.
Domingada: quando um beque erra uma bola fácil, diz-se que fez uma domingada. Alusão ao grande beque Domingos da Guia que, apesar de craque, de vez em quando fazia uma.
Do pescoço pra baixo é bola: jogo violento
Drible da vaca (ou do rabo da vaca): quando o jogador toca a bola do lado do adversário e a pega do outro lado. Pelé eternizou esta jogada na copa de 1970, no jogo contra o Uruguai, quando deu um baile no goleiro Mazurkiewicz. Ao chutar para o gol, porém, a bola caprichosamente raspou a trave e não entrou. Talvez a origem do nome esteja na expressão "a vaca foi para o brejo".
Elástico: drible em que o jogador leva e traz a bola, esticando a perna como se fosse um elástico.
Embaixada / embaixadinha: quicar a bola com os pés, os joelhos ou a cabeça sem deixá-la cair no chão.
Enfiada (dar / levar uma / ganhar de): o mesmo que goleada
Entortar: dar drible espetacular
Escrete: seleção de jogadores
Estar prestigiado: jogador que está em evidência, famoso
Fazer como beija-flor: quando o jogador dá uma paradinha no ar e depois cabeceia a bola. Poucos a dominam. Dario dos Santos, o Dadá Maravilha, era um mestre neste tipo de jogada.
Fechar o gol: quando o goleiro pratica defesas constantes, impedindo o time adversário de marcar.
Figura: jogador importante
Filó: a rede
Finge-que-vai-e-vai: tipo de jogada eternizada por Mané Garrincha. Ele pegava a bola na direita. Parava. O marcador parava também. Ele fingia que ia correr para direita. O beque ia. Ele voltava. A cena se repetia algumas vezes, até que, por fim, quando o beque esperava novo fingimento, Garrincha saía com a bola, causando o delírio da torcida.
Finta: jogada visando superar o marcador; drible
Fintar: driblar
Firula: jogada desnecessária, de efeito, para humilhar o adversário e impressionar o público.
Folha seca: chute direto a gol, geralmente com a bola parada, cuja trajetória sofre uma queda súbita, surpreendendo o goleiro. Jogada criada por Didi (Valdir Pereira).
Frango (tomar um): quando o goleiro perde uma bola facilmente defensável e toma gol
Frangueiro: goleiro que toma muitos frangos
Furada: quando o jogador erra o chute
Galã do futebol: jogador bonito
Galera: grupo de torcedores
Gandula: rapaz responsável por apanhar as bolas que saem para fora do campo
Gastar a bola: diz-se do jogador que joga muito bem
Gaveteiro: juiz ou jogador que aceita suborno. Ao gaveteiro, costuma-se acrescentar o sobrenome FDP.
Geraldino: torcedor que freqüenta as gerais dos estádios.
Golaço: gol muito bonito, marcado com extrema perícia ou arte; expressão popularizada pelo jornalista Luís Mendes.
Gol contra: aquele marcado involuntariamente por um jogador contra a sua própria equipe.
Gol de bunda: gol feito de forma a humilhar o adversário, quando o atacante após vários dribles, abaixa e impulsiona a bola com as nádegas. Muito comum em peladas.
Gol de honra: o único gol marcado por uma equipe que sofreu uma derrota de muitos gols.
Gol de letra: gol de calcanhar ou quando o jogador trança as pernas, mudando o pé que chuta.
Gol de peixinho: quando a bola vem baixa e o jogador atira-se para acertá-la com a cabeça.
Gol de placa: gol feito após uma jogada sensacional. O termo teve origem quando Pelé foi homenageado com uma placa após ter feito um gol memorável contra o Fluminense.
Gol do meio da rua: gol marcado com chute de longa distância, por exemplo, antes da imaginária linha intermediária.
Goleada: vitória por larga diferença no placar, o mesmo que enfiada.
Goleador: o mesmo que artilheiro
Gol olímpico: gol marcado em cobrança direta de um escanteio. Tem esse nome, porque o primeiro gol marcado dessa maneira, foi nos Jogos Olímpicos de 1924, na Antuérpia, por um jogador uruguaio.
Gorduchinha: bola
Guarda-meta (guarda-metas): goleiro; termo muito utilizado pelo locutor Sílvio Luís
Guarda-rede (guarda-redes): goleiro
Guarda-vala (guarda-valas): goleiro
Guardião: goleiro
Guiomar: a bola
Isolar (a bola): quando a bola é chutada para bem longe do campo
Japonês: jogador ruim de bola.
Jogar o fino: jogar bem e de forma elegante; jogar bonito
Jogar pedra: jogar mal; não saber jogar.
Lanterna(s): o(s) último(s) classificado(s) no campeonato
Lençol: o mesmo que chapeuzinho.
Mala preta: gratificação que um clube interessado na vitória de um dos times que vão jogar, oferece aos jogadores para um esforço maior. É o chamado suborno branco, ou seja, para que os jogadores se empenhem mais pela vitória.
Mandar um torpedo: dar um chute forte para o gol
Mão furada: goleiro que não consegue segurar os chutes dos adversários
Marcar perigo de gol: diz-se quando há um erro evidente de arbitragem em jogada de ataque.
Maria chuteira: torcedora que sempre quer transar com jogadores, versão futebolística da Maria Batalhão.
Maricota / Maricotinha: a bola
Marmelada: conluio entre participantes do jogo, a fim de que o resultado seja favorável a quem convém sair vencedor. Um caso clássico de suspeita de marmelada ocorreu no jogo Argentina x Peru, na Copa do Mundo de 1978.
Marta Rocha: jogador considerado bonito, em alusão à miss Brasil 1955
Mascarado: jogador que prende a bola demais e não passa aos companheiros
Mata-mata: jogos eliminatórios
Matar a bola: quando, após um passe onde geralmente a bola vem do alto, ela é dominada com elegância e destreza.
Matar de canela: quando o jogador mata a bola com a canela
Matar no peito: quando o jogador mata a bola com o peito
Meia-bicicleta: quando o jogador fica em posição horizontal e acerta na bola com um pé suspenso, de costas para o chão. Difere da bicicleta porque o outro pé ou se mantém no chão ou não é suspenso o suficiente.
Meia-boca: jogador em má fase, que não está em boa condição física
Meia-canja: meio-de-campo
Meia-lua: assemelha-se ao drible da vaca pelo fato da bola seguir por um lado do adversário e o jogador ir buscá-la pelo outro. Usa-se o termo quando ela é feita no meio campo sem ameaça de gol.
Menina: bola
Meter um saco: fazer muitos gols
Molhar a camisa (ou suar a camisa): esforçar-se vigorosamente pelo clube.
Morte súbita: tipo de prorrogação onde quem marcar o primeiro gol vence o jogo; tem o objetivo de encurtar a prorrogação e evitar a decisão por pênaltis.
Na gaveta: na junção da trave horizontal com a vertical
Nega: a bola
Negra: a última partida de uma série decisiva.
Nó (dar um): driblar
No meio das canetas: bola no meio das pernas
No pau: expressão utilizada por Sílvio Luis quando a bola, chutada para o gol, bate na trave
Olho no lance: expressão utilizada por Sílvio Luís em jogadas onde há a possibilidade de gol.
Olé: grito da torcida para evidenciar lances de dribles com o intuito de provocar a torcida adversária.
Onde a coruja dorme (ou faz ninho): ângulo de cima da trave
Ovinho: o mesmo que debaixo das canetas
Passar uma bola redonda: passar a bola em condições para um excelente lance
Passe de calcanhar: quando a bola é passada ao companheiro utilizando o calcanhar
Pedalada: quando a bola está parada e o jogador passa os dois pés, alternadamente, por cima dela, como se estivesse pedalando. Ronaldinho Gaúcho é mestre neste tipo de drible.
Pegar de calo (na bola): chutar utilizando apenas três dedos, causando um efeito especial à bola.
Pegar na veia: acertar a bola "em cheio" ou "com tudo"
Peixinho (ou peixe): jogador protegido pelo técnico ou pelo diretor
Pelada: jogo de futebol de várzea; o mesmo rachão
Pelota: bola
Pelotada: chute
Pelotaço: gol muito bonito; expressão criada pelo jornalista Luís Mendes
Pé murcho: jogador que tem chute muito fraco
Pepita: bola
Pereba: jogador muito ruim
Perna de chumbo: jogador que não é hábil com a bola
Perna de pau: o mesmo que perna de pau
Perneta: jogador ruim de bola
Peru: o mesmo que frango
Petardo: chute desferido com muita força
Pé torto: jogador que erra muitos passes
Pipocar: quando um jogador evita confrontos com o adversário para não se machucar.
Pipoqueiro: jogador ou time que na hora da decisão treme, falha, erra, vacila, amarela.
Ponta-de-lança: o jogador mais avançado da equipe
Problema que todo técnico gostaria de ter, o: excesso de bons jogadores
Pimba na gorduchinha: expressão criada pelo locutor Osmar Santos, utilizada quando a bola entrava em jogo.
Rachão: o mesmo que pelada
Redonda: a bola
Redondinha: a bola
Retranca: o campo de defesa; o time que fica na retranca joga recuado em seu campo de defesa.
Ripa na chulipa (na rapaqueca): colocar a bola em jogo, chutar a bola
Roubar a bola: quando a bola é tirada pelo adversário com habilidade sem o jogador perceber.
Rosca (dar de / meter de): ganhar a partida sem o time adversário fazer nenhum gol
Salto alto (jogar de/com): excesso de autoconfiança e conseqüente menosprezo pelo adversário
Sobrepasso: infração cometida pelo goleiro que, dentro de sua grande área, dá o quarto passo consecutivo com a bola nas mãos, ou quicando no campo.
Tanque: jogador forte, parrudo, atarracado; expressão cunhada pelo técnico Cláudio Coutinho em sua tentativa frustrada de criar um vocabulário específico para o futebol.
Tapete: o campo gramado
Testada: quando a é impulsionada com a testa
Tiro de canto: escanteio
Torcedor: adepto e simpatizante de um time; aquele que torce.
Torcida: grupo de torcedores
Tremer nas bases: ter medo do time adversário; ficar acuado.
Vendido: jogador que se deixa subornar
Véu de noiva: a rede
Vigia: goleiro
Virar a casaca: quando um jogador ou torcedor muda de time
Virar o fio: quando o preparo físico do time é comprometido devido ao desgaste sofrido com o excesso de competições.
Voleio: quase uma bicicleta. O jogador acerta a bola com os dois pés suspensos, só que em posição lateral com relação ao chão.
Xerifão: geralmente um volante ou zagueiro que marca muito e que impõe respeito ao adversário
Zebra (dar): resultado inesperado, quando o time surpreendentemente mais fraco vence a partida. Expressão criada na década de 40, pelo técnico carioca Gentil Cardoso, em alusão ao jogo do bicho, onde zebra não existe.
Zona do agrião: refere-se à grande área, onde todas as jogadas são de grande importância, tanto para quem ataca, como para quem se defende. O significado desta expressão está no cultivo do agrião, uma planta herbácea aquática, em terreno alagadiço, onde as pessoas têm que se movimentar com cuidado. Por extensão, região crítica. A criação desta expressão é creditada ao jornalista João Saldanha.


9. FUTEBOL COMO PARTE DA CULTURA E DA IDENTIDADE NACIONAL

Logicamente quando se fala em Brasil, sobretudo no exterior, a primeira idéia que surge na mente dos “gringos” é: futebol, carnaval e mulata. Obviamente existem muitas outras características que podemos enumerar nesse rol, no entanto vamos nos ater a essas três, uma vez que simbolizam a hegemonia de pensamentos sobre o Brasil.
Diante dessa realidade, surge um questionamento bastante pertinente. Qual a verdadeira identidade cultura do Brasil? Poderíamos dizer que o Brasil é o país do futebol, do carnaval e da mulata, em tese estaríamos certos, mas, analisando a fundo essas questões podemos nos deparar com uma realidade bastante interessante e que a imensa maioria da população brasileira desconhece. Em primeiro lugar o carnaval não é uma manifestação tipicamente nacional, não nasceu no Brasil, embora a configuração atual de como se comemora a festa sim, é tipicamente brasileira. E é essa configuração que atrai cada vez mais turistas estrangeiros para cá.
Historicamente o carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo. O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.
Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles. O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840. Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, precursores das atuais escolas de samba. No início século XX, já havia diversos cordões e blocos, que desfilavam pela cidade durante o Carnaval. A primeira escola de samba foi fundada em 1928 no bairro do Estácio e se chamava Deixa Falar. A partir de então, outras foram surgindo até chegarmos à grande festa que vemos hoje.
Analisando todas essas informações, podemos concluir que o carnaval não é brasileiro, suas origens remontam há séculos atrás, bem antes de o Brasil ter sido “descoberto” pelos portugueses. Não podemos afirmar que o carnaval pertence a uma identidade cultural genuinamente brasileira. Embora, como afirmei anteriormente, a configuração do carnaval brasileiro é um atrativo para milhares de “gringos” invadirem o país em busca de diversão e sobretudo da “mulata brasileira”.
O futebol, como outro aspecto da cultura brasileira, não tem suas origens no Brasil, embora, hoje Brasil é sinônimo de futebol. Atentemos então para a origem do futebol.
O futebol, como esporte moderno, foi criado na Inglaterra do século XIX. Entretanto, muitas pesquisas mostram que o jogo de bola, tanto praticado com os pés como com as mãos é praticado bem anteriormente ao século XIX. Alguns estudiosos dizem que a origem deste esporte está na China, há muitos séculos atrás. Dizem que um "esporte" muito parecido com o futebol era praticado por soldados do Imperador Xeng Ti 25 séculos A.C.. A bola era de pele de animal recheada com ferragens . Colocamos o termo esporte entre aspas pois, como sabemos tal palavra só pode ser empregada após o século XIX, e as atividades físicas do período anterior ao contemporâneo podiam ser consideradas mais como rituais religiosos ou como preparação militar do que esporte.
Muitos pesquisadores dizem também que o futebol tem origem em um "esporte" praticado na Itália medieval. "Esporte" aliás, que existe até hoje e é praticado anualmente na cidade de Florença. Estamos falando do Calcio. Tal esporte consiste de um jogo entre duas equipes que, em um campo de terra têm que atravessar uma bola até uma área ao final do campo adversário. O jogo pode ser caracterizado como muito violento, pois os ataques físicos entre os jogadores dos dois times são constantes e permitidos. Os italianos acreditam que a origem do futebol está no Calcio, tanto que, na Itália, o futebol como conhecemos é chamado de Gioco Calcio. Assim como o Calcio, na Inglaterra, um jogo era praticado desde mais ou menos o ano de 1300: o Hurling. Tal jogo tinha características muito parecidas com o Calcio, e era também muito violento.
O Calcio tem características muito parecidas com um esporte que surge na Inglaterra ao mesmo tempo que o futebol: o Rugby. Aliás, podemos dizer que o futebol e o rugby tem uma raiz comum, pois são muito parecidos, e que se dividiram na metade do século XIX na Inglaterra, devido a dissidências na questões das regras entre os participantes. Enquanto o Rugby pode ser jogado com as mão e com os pés, o Football — como o próprio nome diz— só pode ser jogado com os pés, sendo apenas o Keeper que pode pegar a bola com as mãos.
A tese "oficial" que aponta o surgimento do futebol no Brasil é aquela que coloca o filho de ingleses Charles Willian Miller como o patriarca do futebol brasileiro. Em 1894, Miller teria trazido da Inglaterra, onde passara 10 anos estudando, uma bola de futebol, e algumas camisas, e ensinou os sócios do São Paulo Atletic Club (SPAC) a praticarem tal jogo tão difundido na Bretanha. Outras fontes dizem que o Football chegou ao Brasil com marinheiros ingleses em 1872, no Rio de Janeiro. Outros dizem que foram os trabalhadores ingleses das fábricas de São Paulo que trouxeram o futebol. Recentes estudos nos mostraram que o futebol já era praticado no Brasil em diversos colégios pelo Brasil. Em 1880 já se praticava o esporte no colégio São Luiz, em Itu; em 1886 se praticava no colégio Anchieta, no Rio de Janeiro; também no Rio, em 1892, se praticava o "esporte bretão" no colégio Pedro II. A data real do aparecimento do futebol no Brasil realmente não interessa, o que interessa é o caminho que o esporte seguiu no Brasil em seus primeiros anos. Segundo Nicolau Sevcenko o futebol se difundiu por dois caminhos: "um foi dos trabalhadores das estradas de ferro, que deram origem às várzeas, o outro foi através dos clubes ingleses que introduziram o esporte dentre os grupos de elite." . Podemos dizer que Sevcenko tem certa razão. Realmente, podemos perceber, que o futebol no Brasil seguiu estes dois caminhos, mas tais caminhos também se cruzavam. Miller apresentou o futebol à elite paulista, e a sua aceitação foi rápida pelos clubes das diferentes comunidades. Ao mesmo tempo que a elite começava a praticar esse esporte, o futebol se desenvolvia entre a classe operária, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. O futebol se expandiu rapidamente pelo Brasil. Os diversos times dos operários das fábricas iam surgindo na várzea paulista, e os clubes iam adotando o esporte em seus quadros.
Concluímos então que não podemos caracterizar o Brasil como o país do carnaval e do futebol do ponto de vista das origens, podemos afirmar que no Brasil o carnaval e o futebol encontram as condições ideais para sua pratica. É como se pudéssemos afirmar que é o no Brasil que essas manifestações culturais encontram seu habitat natural. A identidade cultural do Brasil não pode logicamente estar resumida a essas questões, pois diante de uma vasta diversidade de cultura que aportaram aqui a partir da chegada dos portugueses em 1500, o que surgiria aqui no Brasil, seria a mais singela expressão da mistura de raças, um verdadeiro coquetel de culturas e tradições que a posteriori vão formar a identidade cultural do Brasil.
O que classificar como genuinamente brasileira? A culinária? A música? Sem usar um reducionismo ou mesmo determinismo, poderia dizer que a MULATA é genuinamente brasileira, “produto” tipicamente nacional e um fator a mais de atração para os “gringos” no carnaval. Não seria exagero afirmar que é o que realmente interessa para a maioria dos que aqui desembarcam em busca de diversão, mulatas semi-nuas e a famosa caipirinha, mistura perfeita, para quem enxerga no Brasil um parque de diversões erótico.



10. CONCLUSÃO
Comemora-se em 19 de julho o Dia do Futebol.

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