FLASH

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bençao Associadas ao Batismo em Água

O Batismo em Água é um dos canais prescritos para recebermos as bênçãos divinas. É claro que isto depende de muitas coisas, as quais verificaremos abaixo. Assim falamos, isso porque o batismo em água é uma ordenança de Cristo (bem como também a Santa Ceia), à sua Igreja, logo, não é uma ordem "vazia", "sem valor", todavia, é um dos sinais simbólicos que evidenciam a nossa posição em Cristo Jesus. Uma das bênçãos associadas ao batismo em água, é principalmente o «Dom do Espírito Santo», isto é, o «falar em outras línguas». Por exemplo, por ocasião do batismo de Nosso Senhor Jesus, foram unidos «o batismo em água» com «o batismo no Espírito Santo». Vê-se que Jesus somente foi ungido com Espírito Santo, depois de ter sido batizado em água. Nisto se constitui com um dos padrões das bênçãos batismais no N.T.. O dom do Espírito Santo está intimamente associado com o batismo em água. Ao julgar pelos exemplos bíblicos, o dom do Espírito Santo era dado ao convertido, após o batismo em água: «Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo» (At 2.38). O que se vê aqui, é que o «arrependimento», «o perdão dos pecados» e «o batismo em água», são uma das condições prévias para o recebimento do dom do Espírito Santo. O dom do Espírito Santo no batismo confirma a Presença de Jesus Cristo no convertido. A incorporação no Corpo de Jesus Cristo é efetuada pelo batismo espiritual, simbolizada pelo batismo em água, e confirmada e selada pelo dom do Espírito Santo. Nisso, o falar em línguas, é a comprovação externa, do recebimento do dom do Espírito Santo (Atos 19.6). Veja bem, estamos falando do «Dom» do Espírito Santo, o falar em línguas, conforme é salientado por Paulo no capítulo 12 de 1 Coríntio, e não propriamente do Espírito Santo, o qual a pessoa recebe no ato da conversão. Mas em tudo isso, vale ressaltar de que embora o N.T. até certo ponto padronize o dom do Espírito Santo, com a prática do batismo em água, todavia, Deus opera como quer, essa é a verdade. Portanto, a regra neotestamentária, neste caso, pode ser alterada, se Deus assim o quiser.

No caso de Paulo e de Cornélio (seus parentes e amigos mais íntimos), o Dom do Espírito Santo precedeu o batismo em água (At 9.17,18; 10.44-48). Todavia, isto não muda o padrão divino (mas, é bom não esquecermos, que Jesus Cristo, operar como quer) para o recebimento do dom do Espírito Santo, pois nestes dois casos, existem sólidas razões que explicam, por que isto se sucedeu.

No caso de Paulo, o batismo do Espírito Santo precedeu o batismo em água, porque a conversão de Paulo fora totalmente real, genuína, inquestionável, pois ele tinha tido um encontro maravilhoso com Jesus (At 9.5). Como sinal de sua conversão, vemos Paulo submetendo-se à vontade de Jesus, «que queres que faça»? (vs.6), «jejuando» (v.9), «orando» (vs.11), «tendo visão» (vs.12), «era um vaso escolhido por Jesus» (vs.15), e finalmente foi chamado de «irmão» por Ananias (vs.17), sendo assim, o recebimento do Espírito Santo, confirmou a Ananias, tudo àquilo que Jesus havia lhe falado. Não podemos nos esquecer de que Paulo era um terrível perseguidor da Igreja de Cristo, pois o próprio Ananias havia relutado com Jesus a respeito da conversão do apóstolo (vss. 13 e14). Assim, ao ser «cheio do Espírito Santo», foi a confirmação cabal da sua conversão, que já havia ocorrido três dias antes. Depois da restauração da vista, Paulo foi cheio do Espírito Santo e batizado em água (vss. 17,18). Ainda que Lucas não diga especificamente que Paulo «falou em outras línguas» quando foi cheio do Espírito Santo, porém, é justo admitir que sim (1 Cor 14.18).

No caso de Cornélio; como até então nenhum gentio havia se convertido a Cristo, pois os judeus consideravam que a salvação era dada somente a eles. Evidentemente, Pedro e os demais judeus (que estavam com ele na casa de Cornélio) precisavam de um sinal convincente, que pudessem testificar de que a salvação também fora estendida aos gentios, para que assim fizessem o batismo. Pedro e os demais judeus que o acompanhavam, precisavam de um sinal que aquietasse as suas dúvidas e que confirmasse a salvação de Cornélio e os seus amigos, para daí serem batizados. «Ainda Pedro falava estas cousas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o Dom do Espírito Santo; pois os ouvia falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então perguntou Pedro: Porventura pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados? E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo» (Atos 10.44-48a). Portanto, era preciso que Cornélio e os da sua casa fossem batizados no Espírito Santo, antes de serem batizados em água, pelos motivos já vistos, senão Pedro não ordenaria para que fossem batizados em água.

O dom do Espírito Santo é ligado ao Batismo em Água em João 3.5 (?); Atos 2.38; 9.19,18; 10.47; 2 Co 1.22; Efésios 1.13; Tito 3.5. O Espírito Santo acha-se presente no batismo em água, e é Ele Quem opera as operações simbolizadas e seladas pela água (1 Co 12.13; Tito 3.5), semelhantemente Ele é o mesmo Dom prometido em Atos 2.38. A filiação é também outra bênção principal associada ao batismo.

Muitos nos dias atuais, não crêem que as bênçãos divinas estão associadas ao batismo em água, acham ainda que elas não ocorrem desta maneira; isto é porque desconhecem a profundidade espiritual do batismo em água. Sabe-se que realmente as bênçãos de Jesus acompanhavam à Sua Igreja nos dias do N.T. É verdade que em nossos dias, estas bênçãos não mais ocorrem em associação com o batismo, porém, esta causa pode ser explicada por dois motivos principais e essenciais que faltam no batismo em água, que atualmente é administrado, a saber: 1) Falta de «fé» na importância (por desconhecerem o seu valor) do batismo (Rom 14.23; Cl 2.12; Heb 11.6) e, 2) Porque a fórmula batismal está totalmente incorreta, pois o convertido tem que ser batizado «em nome de Jesus Cristo» e não no nome de uma falsa Trindade, Isto é, no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (At 2.38; 8.16; 10.48; 19.5; 22.16). Evidentemente, nenhuma bênção de Cristo pode estar ligada ao batismo em água, por falta destes dois motivos, resumimos; pois este «não é de maneira alguma um batismo cristão».

Todas as bênçãos da Nova Aliança são frutos da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Estas bênçãos ou benefícios são alcançados mediante o batismo espiritual, simbolizado pelo batismo em água. Jesus deixou o batismo como um dos canais prescritos para alcançarmos estas bênçãos e o Dom do Espírito Santo é a sua confirmação (Isaías 59.21). É verdade que o batismo não é um rito mágico, as bênçãos somente são desfrutadas com o batismo «verdadeiramente bíblico» e mediante a atividade da «fé obediente» que segue o rito. Isto é manifesto em Romanos, onde Paulo ensina sobre o verdadeiro batismo, isto é, o batismo espiritual 6.1-11. O tópico ali é a obrigação que temos de viver em «santidade prática». Paulo primeiramente afirma que o batismo efetuou (isto é, o batismo espiritual, a realidade, do qual o batismo em água é o símbolo, pois nestas passagens também está incluído o batismo em água) o «uma união com Cristo em Sua morte e ressurreição, de tal modo que, para o convertido, houve realmente morte no tocante ao pecado e uma nova vida de justiça (vs.4)». A seguir Paulo explica como deve ser desfrutadas experimentalmente esta morte e esta vida: O crente em Jesus Cristo deve considerar-se «diariamente morto e vivo», isto é, pela atividade de uma fé obediente e preciosa (v. 11; Atos 5.1-10; 8.13,18-24). O batismo em água ratifica o nosso compromisso de lealdade e submissão a Cristo Jesus, para uma vida de santidade. Por outro lado, o batismo expressa simbolicamente a Obra Redentora de Cristo, de modo que ele aponta de volta a este Glorioso Sacrifício e ao mesmo tempo para frente, para uma vida de obediência, caracterizada «pela fé». Portanto, as bênçãos não operam automaticamente no batismo, mas sim, de acordo com tudo aquilo que falamos acima. Agora, é bem salientado que o batismo em água, sem o batismo espiritual (ver sobre o Batismo Espiritual), de nada adianta. A nossa verdadeira união com Cristo, somente acontece pelo «batismo espiritual», e não especificamente pelo batismo em água, pois este é somente o símbolo daquele, que é a realidade espiritual. É claro, porém, que o batismo em água tem o seu valor, mas dentro de seu devido lugar. Somente poderá dar ao batismo em água o seu devido valor, somente aquele que nasceu de novo (João 3.3-15), aquele que recebeu o «batismo espiritual» e aquele que reconhece à ordem de Jesus a respeito do batismo. Reiteramos, aquele que recebeu e conhece o batismo espiritual, passa a saber o que representa para ele o batismo em água. NÃO SE ESQUEÇA, de nada adianta alguém ser batizado em água, mas se não desfrutou e nem recebeu o BATISMO ESPIRITUAL. Se alguém não morreu e ressuscitou com Cristo, pelo Batismo Espiritual, para que serve o batismo em água? Resumindo, o batismo em água não salva ninguém, ele é o cumprimento do dever de cada verdadeiro cristão, depois que este vier a experimentar o Batismo Espiritual (Rom 6.3-11). Analise atentamente o que significa «Batismo Espiritual», na página que traz este mesmo título. Lá, o amado irmão verá as profundíssimas realidades espirituais que envolvem o Batismo Espiritual. O Estudo que temos passado a esse respeito, ainda que profundo, no entanto, faltam muitos detalhes, os quais enobrecem a nossa alma. Mas dentro do possível, segundo a sabedoria do Espírito Santo, estaremos transmitindo com alegria as grandes maravilhas que envolvem a nossa união com Cristo, que é o principal tema, onde está alicerçada a nossa salvação. Pedimos a você, querido irmão, que nos ajude em oração, para que assim possamos passar aquilo que o Espírito Santo nos ensinar. Afinal, esta Obra é dEle.